Falando aos jornalistas no ato em que Embaló se recenseou, o ministro da Função Pública, Cirilo Djaló considerou a iniciativa "como um sinal forte" do Presidente guineense em relação ao processo iniciado pelo Governo.

"Sendo o primeiro magistrado da nação é o primeiro servidor público", observou Cirilo Djalo, referindo-se a Umaro Sissoco Embaló.

O ministro afirmou que o Governo pretende registar, de novo, todos os funcionários públicos e pensionistas, no sentido de "controlar melhorar" a massa salarial que está a crescer de "forma exponencial".

"Constatamos que temos uma massa salarial insuportável, tendo em conta que 84% das receitas fiscais são destinadas ao pagamento dos salários. Isto quer dizer que só 14% é que restam para outros investimentos na área social e nas políticas públicas", destacou Cirilo Djaló.

De acordo com o ministro, a Função Pública quer saber "quem paga e o que paga" a cada servidor público, daí pretender realizar um recenseamento presencial e de raiz de todos os funcionários.

O processo vai permitir ao Ministério da Função Pública "ter uma base de dados fiável", harmonizado com as Finanças e ainda controlar melhor a progressão nas carreiras dos funcionários públicos, referiu o ministro.

"Os funcionários públicos passam vários anos sem promoção, mas ninguém pode ser promovido sem ser previamente avaliado. A avaliação do desempenho será retomada", destacou Cirilo Djaló.

 Os pensionistas, aposentados da Função Pública, também vão ser recenseados, mas mesmo aqueles que estiverem a viver fora do país terão que "fazer prova de vida", apresentando documentos validados pelos serviços competentes, notou Djaló.

"Durante o período do recenseamento, seis semanas, todos os funcionários públicos vão receber o seu salário na totalidade, mas com a validação do recenseamento só vai receber quem for devidamente recenseado", precisou o ministro da Função Pública guineense.

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