
Numa conversa telefónica, Macron felicitou João Lourenço pela sua reeleição e disse-lhe que a França estaria representada a nível ministerial na sua cerimónia de tomada de posse, em 15 de setembro", lê-se numa declaração do Eliseu.
O Presidente francês também "manifestou a sua vontade de trabalhar no aprofundamento das relações entre a França e Angola, particularmente no domínio da agricultura", disse a presidência francesa.
Também "saudou os esforços diplomáticos feitos por Angola, através da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), em prol da paz e estabilidade no leste da República Democrática do Congo [RDCongo] e na região dos Grandes Lagos".
"Reiterou também o seu apoio ao empenho de Angola no processo de paz na República Centro-Africana e na implementação do roteiro de Luanda", acrescenta-se na declaração.
Segundo um comunicado da Presidência angolana, felicitaram ainda João Lourenço os presidentes do Ruanda, Paul Kagamé, do Botsuana, Mogkweetsi Masisi, da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadera, e da Sérvia, Aleksandar Vucic.
De acordo com a mesma fonte, o Presidente angolano foi ainda saudado pelo médico da RDCongo Denis Mukwege, prémio Nobel da Paz, reconhecido pela ação a favor das mulheres vítimas de violência em ambiente de conflitos armados.
O Tribunal Constitucional proclamou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o seu candidato, João Lourenço, como vencedores com 51,17% dos votos, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 43,95%, tendo chumbado o recurso de contencioso eleitoral da UNITA.
Com estes resultados, do total de 220 deputados, o MPLA elegeu 124 e a UNITA 90, quase o dobro das eleições de 2017.
O Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA) e o estreante Partido Humanista de Angola (PHA) elegerem dois deputados cada.
A Constituição de Angola prevê que o Presidente é o cabeça-de-lista do partido mais votado nas eleições gerais.
Angola é um dos países mais desiguais do mundo, segundo a ONU, com mais de metade dos seus 33 milhões de habitantes a viver abaixo do limiar da pobreza, apesar dos ganhos provenientes do petróleo.
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