O Partido Popular Monárquico Madeira, candidato à Assembleia da República, obteve 454 votos nestas Eleições Legislativas Nacionais, mais três do que no sufrágio de 2024.

"Conseguimos deixar cinco forças partidária para trás", destacou, em declarações ao DIÁRIO, o cabeça-de-lista da candidatura pelo círculo eleitoral da Madeira, Luís Ornelas, sublinhando esta é uma noite de "afirmação, de resistência e de compromisso" para o PPM.

Lamentando que os votos não permitam uma eleição, Luís Ornelas critica os partidos eleitos que "preferem agradar a Lisboa do que defender a sua própria terra".

"Mais nenhum partido defende a autonomia da Madeira e do Porto Santo como o PPM. Nenhum outro tem a coragem de enfrentar o centralismo sem medo, sem alianças de conveniência e sem baixar a cabeça. Os outros falam de autonomia nos cartazes, mas ajoelham-se na prática", atirou o monárquico, afirmando que o PPM vai continuar a lutar pelos interesses da Região.

Não aceitamos mais submissão, não aceitamos mais migalhas, não aceitamos que a autonomia seja apenas uma palavra bonita nas leis, enquanto na prática somos tratados como uma nota de rodapé. A Madeira e o Porto Santo merecem uma autonomia com poder real, com capacidade de decisão, com justiça fiscal, com respeito pelas nossas instituições e pelas nossas gentes. Enquanto houver quem lute por isso, o PPM estará de pé, com a mesma firmeza, com a mesma clareza, com a mesma coragem e hoje reafirmamos que o nosso combate continua, mais forte, mais determinado e mais urgente do que nunca. A Madeira não se curva, o Porto Santo não se cala, o povo destas ilhas tem memória, tem força e tem orgulho e o PPM estará sempre na linha da frente nesta luta. A nossa missão não termina aqui, simplesmente está a começar. Luís Ornelas, PPM

Sobre os resultados globais destas Eleições Legislativas, que colocam a Aliança Democrática (PSD/CDS) na liderança, com o Chega e o Partido Socialista numa luta renhida (a esta hora: 22h15) pelo segundo lugar, Luís Ornelas considera que "Portugal não vai mudar com esta gente".

"Esta gente da política só aprende na escola uma coisa que se chama despesismo. Eles não sabem criar riquezas para o contribuinte. Eles não têm experiência na economia real e em vez de servir o povo estão para servir-se a si próprios. Nós não avançamos desta forma", criticou.

Luís Ornelas recorda que ainda existe um processo a correr nos tribunais contra a coligação PSD/CDS, que "roubou a designação 'AD -Aliança Democrática'", fundamentando que se trata de um nome escolhido para uma coligação que integrava também o PPM.