Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma ter sido "com profunda consternação" que o Governo português tomou conhecimento do ataque, em que um homem matou a golpes de arma branca pelo menos três pessoas no interior de uma igreja católica em Nice.

"O Governo português reitera a sua condenação veemente de todas as formas de violência e reitera o seu compromisso com o combate ao extremismo, ao racismo, ao ódio e à intolerância em geral", declara.

Evocando a "amizade fraterna que une os dois povos", o Governo expressa ainda "as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas" e "reafirma a sua solidariedade para com o Governo de França".

o primeiro-ministro, António Costa, já tinha reagido ao ataque através do Twitter, onde manifestou solidariedade com França e considerou que o ocorrido reforça a determinação numa Europa unida contra o ódio.

"Estamos solidários com a França. O terrível ataque na Catedral de Nice reforça a nossa determinação em manter a Europa unida contra o ódio, na defesa da liberdade e da tolerância", escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.

Três pessoas morreram hoje, uma delas degolada, no interior da basílica de Nossa Senhora de Nice, num ataque perpetrado por um homem armado com uma arma branca.

O suposto autor do ataque foi rapidamente detido pela polícia, tendo sido ferido a tiro e transportado para o hospital. Segundo fonte próxima do inquérito citada pela agência France-Presse, disse chamar-se "Brahim" e ter "25 anos"

O ataque está a ser tratado como um ataque terrorista pela polícia e levou o governo francês a elevar para o máximo o nível de alerta de segurança no país.

Ele ocorre duas semanas depois da decapitação de um professor na região parisiense, assassinado depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.

Numa homenagem ao professor, o Presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou o compromisso de França com a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas, o que desencadeou críticas de vários países muçulmanos.

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