O amigo da vítima, um dos detidos, aliciou o homem, alegando que tinha a oportunidade de fazer um concerto no distrito de Eráti. Chegados ao local, o grupo golpeou a vítima na cabeça e "esquartejou-a, retirando os membros superiores e inferiores", disse Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula.

"Eles enterraram o corpo num ponto, esfolaram os membros e retiraram as ossadas", acrescentou o porta-voz.

Os detidos, entre os quais está também um professor e um médico tradicional, confessaram o crime, avançou a polícia, referindo que pretendiam vender as ossadas.

Segundo a polícia, o grupo foi detido a partir de uma investigação, tendo sido localizado em Memba, um outro distrito daquela província.

As pessoas com albinismo têm sido vítimas de perseguições, violência e discriminação devido a mitos e superstições, que incluem o uso de órgãos ou ossadas em rituais, sendo colocadas entre as principais que são alvo de violações de direitos humanos.

Desde 2014, só em Moçambique, pelo menos 114 pessoas com albinismo desapareceram em circunstâncias não esclarecidas, segundo os últimos dados avançados à Lusa pela Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).

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