Os manifestantes, alguns deles provenientes de Joanesburgo, exigem a "devolução da terra que lhe foi tirada pela ocupação holandesa no século XVI" e prometem manter o protesto contra o que afirmam ser "o monopólio de capital branco da máfia de Stellenbosch", disse o canal eNCA em direto do local.

Os manifestantes reivindicam também por melhores condições de vida e serviços públicos do Governo do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), que acusam de "abandono" desde 1994.

A província do Cabo Ocidental é governada desde a queda do 'apartheid' pelo Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), o maior partido na oposição na África do Sul.

Os confrontos com a polícia começaram por ocorrer num assentamento informal, em Kayamandi, de onde os manifestantes pretendiam marchar até ao centro de Stellenbosch.

A polícia não efetuou detenções e se pronunciou até ao momento sobre os autores do protesto.

Pelo menos 20 agentes da unidade de intervenção da polícia sul-africana, auxiliados por elementos das forças de segurança metropolitana e privada foram destacados para o local.

A pequena cidade de Stellenbosch, situada a cerca de 50 quilómetros da Cidade do Cabo, é uma das mais antigas da África do Sul, tendo sido fundada em 1679, ano em que se iniciaram as primeiras atividades agrícolas.

Hoje, a região é reconhecida mundialmente pelos seus vinhos extraordinários, pomares de frutas, e destinos turísticos de uma beleza paisagística ímpar no sul do continente.

A cidade de Stellenbosch é igualmente conhecida vários estilos arquitetónicos, como o holandês e vitoriano, que refletem a sua herança e tradições, mas também as divisões do seu passado colonial.

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