
"O senhor primeiro-ministro não vai e o senhor Presidente ainda não tomou uma decisão. Espero que o senhor Presidente possa participar na cimeira, e espero conhecer a sua decisão esta semana", disse à Lusa Adaljiza Magno.
"Timor-Leste está a atravessar uma situação muito difícil, com emergência devido à pandemia e situação de calamidade depois das cheias de abril e há uma agenda muito carregada para o primeiro-ministro, que delegou em mim para eu acompanhar a cimeira", explicou.
Adaljiza Magno sublinhou a importância do encontro de Luanda de chefes de Estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), quando a organização cumpre 25 anos e no momento em que Timor-Leste assumirá pela primeira vez o cargo de secretário-executivo.
"É uma cimeira muito importante para toda a comunidade lusófona, a primeira cimeira depois da pandemia. A CPLP celebra os seus 25 anos, Timor-Leste pela primeira vez vai assumir o cargo de secretário-executivo e pela primeira vez a cimeira vai aprovar a mobilidade", notou.
Magno disse que é crucial aproveitar a oportunidade, num contexto de pandemia, para reforçar o multlateralismo, tanto no espaço da "família lusófona" como nos espaços regionais dos seus Estados membros.
"No tempo da pandemia temos que ser mais ativo no multilateralismo. Este é o momento para estarmos mais unidos, com maior solidariedade entre todos. E a grande família que é a CPLP, que partilha a mesma língua, tem que se mostrar mais solidária no combate conjunto à pandemia e unida nos tempos difíceis", considerou.
No caso de Timor-Leste em particular, a chefe da diplomacia timorense notou que o país espera em breve poder ter um roteiro para a sua adesão à ASEAN, podendo assim cimentar as pontes entre a CPLP e esta organização regional.
A cimeira da CPLP prevista para julho foi um dos temas dominantes da agenda da reunião que Adaljiza Magno manteve hoje com o chefe do Governo, Taur Matan Ruak.
Zacarias da Costa, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense deverá ser formalmente empossado nessa cimeira como o novo secretário-executivo da CPLP.
Timor-Leste é o país que tem agora o direito de propor o nome do futuro secretário-executivo da CPLP, que sucederá ao português Francisco Ribeiro Telles.
ASP
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