Em comunicado, a PJ refere que através da Diretoria do Norte, e no âmbito de um inquérito titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, "foram identificadas e ouvidas 143 vítimas, constituídos 20 arguidos, três dos quais em prisão preventiva, e identificadas 18 contas bancárias usadas pelos autores para receber os pagamentos".

Segundo a investigação, "a atividade criminosa passava pela criação de perfis falsos nas redes sociais e plataformas de vendas 'online', com vista a aliciar potenciais interessados em arrendamentos de casas para férias, localizadas em várias zonas do país".

"Depois de persuadidas, as vítimas realizavam os pagamentos, a título de reserva, para contas bancárias tituladas por terceiros angariados para o efeito, num esquema de 'Money Mules', que eram posteriormente usadas pelos autores das burlas para recebimento do dinheiro", explica a PJ.

Com esta prática, "os suspeitos obtiveram um enriquecimento ilegítimo, fazendo disso modo de vida, causando um prejuízo patrimonial às vítimas quantificado em 150 mil euros".

A PJ adianta que no âmbito desta investigação, detetou em 2023 o fenómeno criminal e realizou uma operação policial em julho de 2024.

"Tendo sido efetuadas 23 buscas domiciliárias e detidas seis pessoas pela prática dos crimes de burla qualificada, falsidade informática, branqueamento e uso de documento de identificação ou de viagem alheio. Foram, ainda, detidas outras duas pessoas por posse de arma e munições proibidas", explica esta força de investigação criminal.

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