
Aquele que foi a primeira escolha do JPP para ser o candidato à Câmara de Santa Cruz recorreu este domingo às redes sociais para comentar o Cartoon publicado pelo DIÁRIO nas habituais páginas de Análise da semana da edição impressa de hoje.
"Perdoa-se mas não se esquece!", escreveu em comentário ao Cartoon cujas figuras centrais são Élia Ascensão, Paulo Alves e Élvio Sousa, a propósito da reviravolta na escolha do JPP para a candidatura à Câmara de Santa Cruz, onde é poder há 12 anos. Paulo Alves acrescenta "Terça-feira nas 'bancas dos jornais'! In DN 8-06-25", aludindo à notícia do seu afastamento na última quinta-feira, no JM de 5 de Junho, e à data de hoje do DIÁRIO, em que o Cartoon é publicado.
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Importa lembrar que Paulo Alves não vai liderar a lista do JPP às próximas eleições Autárquicas por Santa Cruz, já que Élia Ascensão foi repescada depois de ter sido inicialmente deixada de fora, isto apesar da sondagem realizada pelo partido no Município ter-lhe dado clara vantagem em relação aos outros dois candidatos apresentados. Paulo Alves, o deputado que havia inicialmente sido o escolhido pela Comissão Política, acabou por ser rejeitado.
Nesse dia 5 de Junho, ao DIÁRIO, Paulo Alves, apesar da reviravolta que isso representou, disse manter o que sempre defendeu, a disponibilidade para o projecto JPP na Câmara Municipal de Santa Cruz, frisando depois que a decisão coube aos órgãos do partido, em particular à Comissão Política, órgão com competência na matéria. "A mesma decidiu, por maioria, fazer nova votação para revogar os resultados anteriores, e desta vez deu a vitória à Élia", reagiu, por escrito. "Respeito e desejo-lhe sucesso para o futuro", acrescentou, mostrando assim a sua lealdade para com o partido.
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Já o secretário-geral e líder do JPP, Élvio Sousa, que tinha assegurado inicialmente que Paulo Alves era a escolha do partido, mesmo que isso causasse algum descontentamento, acabou por mudar de ideias.
“É a minha função unir, conciliar, articular e não dividir", assumiu a 5 de Junho. "Só não erra quem não tem que decidir, ou quem tem uma noção redutora e autocrática da Democracia. Juntos seremos mais fortes, do que inevitavelmente separados”, acrescentou. E sublinhou a importância da opinião do povo, vontade esta expressa numa sondagem realizada pelo partido, mas preterida no passado dia 27 de Maio. Na altura foi acatada a votação dos membros da Comissão Política e escolhido Paulo Alves, apesar de a sondagem dar clara vitória a Élia Ascensão. Agora o partido recuou e apresentou a vice-presidente como candidata. “A decisão política está tomada, concertada e civicamente consolidada”, garantiu, por escrito, ao DIÁRIO.
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Agora, dias depois de ter sido afastado para Élia Ascensão avançar, Paulo Alves deixou a referida mensagem na sua página de Facebook, dando a entender que a situação poderá não estar tão sanada ou esquecida como se poderia julgar, não em relação a Élia, mas, sim, à forma como o processo se passou e à decisão da cúpula do partido.