"De acordo com dados preliminares, três pessoas morreram na sequência do acidente. Eram, provavelmente, passageiros de um carro que estava perto do camião que explodiu", disse o Comité de Investigação da Rússia, em comunicado hoje divulgado.

Segundo a mesma fonte, "os corpos de duas das vítimas - um homem e uma mulher - já foram retirados da água".

O Comité de Investigação, órgão responsável pelas principais investigações criminais na Rússia, também alegou ter "estabelecido a identidade do proprietário do camião", um homem residente na região de Krasnodar, no sul do país, e que é suspeito de estar na origem da explosão.

"Foi aberta uma investigação no seu local de residência. A rota do camião e os seus documentos estão a ser estudados", acrescentaram os investigadores.

A explosão deste veículo causou hoje um grande incêndio e danos a esta importante infraestrutura rodoviária e ferroviária, que abastece a Crimeia, uma península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia.

A ponte constitui também um projeto simbólico, tendo sido construída com grandes custos e inaugurada em 2018 pelo próprio Presidente russo, Vladimir Putin.

A Ucrânia não assumiu oficialmente a responsabilidade por este ataque.

No entanto, o líder parlamentar do partido do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deu a entender que o incidente foi uma consequência da tomada da Crimeia por Moscovo e das tentativas de integrar a península na Rússia.

"A construção ilegal russa está a começar a desmoronar e a pegar fogo. A razão é simples: se se construir algo explosivo, mais cedo ou mais tarde isso vai explodir", escreveu David Arakhamia, líder do partido Servo do Povo, na rede de mensagens Telegram.

"E isto é apenas o começo. Entre muitas outras coisas, a construção confiável não é algo pelo que a Rússia seja particularmente famosa", concluiu.

A Rússia reagiu, entretanto, às declarações de Kiev, considerando que a reação ucraniana constitui um sinal da "natureza terrorista" da Ucrânia.

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