
"Hoje foram enterrados 16 terroristas que morreram por ferimentos causados pelas armas das Forças de Defesa e Segurança, além de cobras, leões e até de crocodilos", disse Bernardino Rafael.
O comandante-geral falava durante uma visita à aldeia de Nathuco, no distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, onde os grupos armados incendiaram 12 casas no domingo.
Ninguém foi ferido no ataque, referiu o comandante, avançando que vão ser capacitadas alguns residentes para a "defesa da aldeia".
Bernardino Rafael apresentou ainda quatro pessoas que supostamente aliciavam e recrutavam jovens para integrar "as fileiras dos terroristas".
"Este é um recrutador e radicalizador. Ele enganou muitos jovens para poderem integrar as fileiras dos terroristas", disse o comandante-geral, enquanto apresentava um dos recrutadores.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de violência a sul da região e na vizinha província de Nampula.
Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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