Em comunicado hoje divulgado, a Parques de Sintra revela que estes "valores traduzem os efeitos da crise global no setor do turismo provocada pela pandemia de covid-19".

De acordo com a empresa, a conjuntura adversa de pandemia, com frequentes restrições à mobilidade da população, impediu também a retoma, lembrando que o património sob gestão da Parques de Sintra, que nos últimos anos apresentou um crescimento constante de visitas, tendo ultrapassado 3,5 milhões de entradas em 2019, registou, em 2020, "uma travagem brusca nesta tendência".

O Parque e Palácio Nacional da Pena (que inclui o Chalet da Condessa d'Edla) continuou a ser o polo mais visitado, com 414.389 entradas, que traduzem um decréscimo de 81% face a 2019.

No Parque e Palácio de Monserrate e na Quintinha de Monserrate, verificaram-se as menores quebras: 59% e 51%, respetivamente.

Relativamente à proveniência dos visitantes, 81% eram estrangeiros, enquanto 19% eram oriundos do território nacional.

Os valores evidenciam uma subida de 10% de visitantes nacionais, já que em 2019 tinham representado 9%.

Os países com maior expressão em termos de visitas foram o Reino Unido (19,8%), França (11,4%) e Espanha (9,5%).

Ainda segundo a empresa, após o final do confinamento que começou em março de 2020 e do estado de emergência devido à pandemia de covid-19, com a reabertura dos monumentos e parques foi feito "um esforço de reinvenção e de adaptação à nova realidade", com a reformulação da oferta e estratégia de comunicação.

Foram implementados programas dirigidos às famílias ajustados para responder às novas necessidades, como as "Visitas em Exclusivo", as "Visitas aos Bastidores", os "Dias do Piquenique", os "Roteiros dos Parques e Palácios de Sintra", o concurso de fotografia "Em cada canto um encanto" e os 'workshops' de gin "A Alquimia da Natureza".

As normas de acesso ao património foram igualmente revistas para corresponderem a todas as diretivas emitidas pela Direção-Geral da Saúde, tendo a Parques de Sintra obtido o selo "Clean & Safe" do Turismo de Portugal, que garante a aplicação de procedimentos seguros no âmbito da prevenção da covid-19.

Em 2021, a empresa vai dar continuidade ao trabalho realizado até agora, inclusive a nível digital, como a "Visita 360º ao Palácio Nacional de Sintra" e as "Linhas do Tempo", experiências digitais gratuitas que permitem levar o património a novos públicos, disponibilizando uma grande diversidade de conteúdos.

Desde 15 de janeiro, os parques e monumentos voltaram a estar encerrados, devido ao agravamento da pandemia de covid-19 em Portugal.

A Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A. (PSML) é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade

Em 2019, as áreas sob gestão da PSML (Parque e Palácio Nacional da Pena, Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz, Chalet da Condessa d'Edla, Castelo dos Mouros, Palácio e Jardins de Monserrate, Convento dos Capuchos e Escola Portuguesa de Arte Equestre) receberam cerca de 3,7 milhões de visitas, 90% das quais por parte de estrangeiros.

RCP // VAM

Lusa/fim