
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, defendeu hoje que a baixa médica deve ser remunerada a 100% para os doentes oncológicos, assim como a necessidade de se rever o regime benefícios fiscais destes doentes.
"É da maior justiça que os doentes que enfrentam a doença oncológica e cuja circunstância muitas vezes é prolongada possam ter acesso à baixa 100 % remunerada", afirmou a porta-voz do PAN.
Inês Sousa Real falava aos jornalistas após uma visita à Liga Portuguesa Contra o Cancro, no Porto, onde se reuniu com representantes do Núcleo Regional do Norte.
Para a porta-voz do PAN é "manifestamente indigno" que os doentes oncológicos tenham de trabalhar.
De acordo com o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro do Porto, Vitor Veloso, esta é uma das principais preocupações da Liga, lembrando que um doente com cancro "é um doente muito especial" do ponto de vista social, emocional e conómico.
"É uma doença prolongada, é uma doença que tem tratamentos às vezes um bocadinho violentos e, consequentemente, é humano e é lógico", assinalou.
A par da revisão da remuneração das baixas médicas, Inês Sousa Real defendeu a necessidade de se revisitar o regime dos benefícios fiscais destes doentes.
"É da mais elementar justiça para estas pessoas que tantas vezes veem a sua vida não só em suspenso por conta dos tratamentos, mas também depois com grande dificuldade de integração do ponto de vista social e laboral, após o ciclo de tratamentos", referiu.
Inês Sousa Real reforçou ainda a necessidade dos partidos estarem "ao lado" de instituições como a Liga Portuguesa Contra o Cancro, que tem "cumprido um papel que é tantas vezes do Estado" seja ao nível de rastreios, como do acompanhamento dos doentes.
"O Estado tem de começar a olhar para aquilo que são as legítimas reivindicações da Liga no que diz respeito à doença oncológica", acrescentou, assegurando que o PAN fará das preocupações "uma prioridade no próximo mandato".