
"Estamos de acordo em não abrandar os nossos esforços nacionais, em particular em matéria de assistência militar, e em não o fazer enquanto a Ucrânia precisar dessa assistência para garantir a defesa do seu país", disse a ministra.
Baerbock, anfitriã da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, que hoje terminou em Berlim, disse também que a Aliança Atlântica espera a Suécia e a Finlândia "de braços abertos".
"Cumprem os padrões e participam em missões conjuntas", disse.
A ministra acrescentou que a Alemanha irá iniciar um processo acelerado para aprovar a candidatura no seio do Governo federal para que se proceda rapidamente à ratificação parlamentar, para reduzir o tempo em que a Suécia e a Finlândia ficarão numa "zona cinzenta" antes de aderirem à NATO como membros de pleno direito.
A Finlândia anunciou hoje que pretende aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e a Suécia deverá seguir-lhe os passos nos próximos dias.
A partir do momento em que um país decide concorrer à adesão, inicia-se um processo até que todos os outros aceitem unanimemente a sua entrada.
O princípio "um por todos, todos por um", previsto no artigo 5.º, sobre solidariedade em caso de agressão, só se aplica quando estiver terminada a ratificação da adesão por todos os Estados-membros.
No caso do último país a aderir, a Macedónia do Norte, o processo demorou um ano.
Já hoje, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que " Finlândia e a Suécia estão preocupadas" com esse período e afirmou que a organização irá "tentar acelerar esse processo".
A invasão da Ucrânia por Moscovo em 24 de fevereiro fez mudar a opinião pública e política na Finlândia e na Suécia no sentido de uma adesão à NATO, vista agora como uma proteção contra uma eventual agressão russa.
A concretizar-se, a adesão dos dois países nórdicos significará o abandono da sua histórica posição de não-alinhamento.
O Presidente russo, Vladimir Putin, qualificou no sábado como "um erro" a candidatura da Finlândia e Moscovo avisou Helsínquia de que será forçado a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se o país aderir à NATO.
Moscovo rejeita a instalação de bases da Aliança no território de qualquer país com quem a Rússia tenha uma longa fronteira comum.
A Rússia partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.
Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia exigiu à NATO a proibição da entrada do país vizinho na organização e o recuo de tropas e armamento dos aliados para as posições de 1997, antes do alargamento a leste.
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Lusa/fim