Segundo o despacho do Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do partido, a que a Lusa teve acesso, a secção disciplinar decidiu "suspender a militância dos camaradas Luís Leopoldo de Jesus, Braima Djaló, Saliu Embaló, Leopoldo da Silva e Mamadi Baldé por um período de três anos".

Durante aquele período, refere o despacho, com data de 01 de julho, ficam suspensos o "exercício dos seus direitos e o cumprimento das suas obrigações de militantes do PAIGC".

O Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do partido intima também os cinco deputados a "apresentarem por escrito ao partido a sua renúncia ao mandato de deputado, num prazo não superior a sete dias úteis, a contar da sua notificação".

Ao votarem o programa de Governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, os cinco deputados garantiram a maioria parlamentar ao Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Partido de Renovação Social (PRS) e à Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que formam o atual executivo em funções no país.

O despacho salienta que os cinco deputados não respeitaram as orientações pelos órgãos nacionais do partido, que decidiu boicotar a sessão parlamentar, após o Governo liderado por Aristides Gomes, formado na sequência das legislativas de 2019, ganhas pelo PAIGC, ter sido demitido pelo chefe de Estado.

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