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O Centro de Integridade Pública, uma organização não-governamental (ONG) moçambicana, considerou hoje que a adjudicação direta de empreitadas e aquisição de bens e serviços pelo Estado representa um risco de corrupção e de uso indevido de fundos.
"Com o ajuste direto, modalidade de contratação aplicada no atual contexto [de pandemia], vêm sérios riscos de sobrefaturação, conflitos de interesses ou tráfico de influências no 'procurement' [aquisição] público", lê-se num comunicado Centro de Integridade Pública (CIP).
Segundo um documento que o chefe de Estado, Filipe Nyusi, submeteu ao parlamento após os primeiros quatro meses de estado de emergência em Moçambique, o país gastou 68 mil milhões de meticais (805 milhões de euros) com empreiteiros, fornecedores de bens e serviços contratados "com recurso à mobilidade de ajuste direto", como uma das medidas "mais flexíveis e céleres" face à pandemia.