A nova vítima mortal é uma jovem de 19 anos, que estava a ser assistida no Hospital Central de Maputo (HCM), disse Justino Madeira, médico clínico da maior unidade de saúde de Moçambique, durante uma conferência de imprensa.

O acidente de sábado aconteceu na localidade 3 de fevereiro, distrito da Manhiça, quando um jipe chocou de frente com uma viatura ligeira de transporte coletivo que seguia de Maputo para Xai-Xai, capital da província de Gaza, sendo que as causas ainda estão por apurar.

Segundo a fonte do Hospital Central de Maputo, no total, pelo menos quatro pacientes em estado grave estavam a ser assistidos naquela unidade de saúde, com lesões graves, como traumatismos e fraturas.

Das vítimas que foram levadas ao Hospital Central de Maputo, uma acabou por morrer, outra teve alta e as restantes continuam sob cuidados médicos, acrescentou Justino Madeira.

O distrito da Manhiça já tinha sido palco do acidente de viação mais grave de sempre registado em Moçambique, com 32 mortos, ocorrido em 03 de julho, envolvendo dois camiões e um autocarro que tentou fazer uma ultrapassagem irregular na Estrada Nacional 1 (EN1).

Após o acidente de sábado, o governo provincial de Maputo reuniu-se no domingo num encontro extraordinário com diversas autoridades e deram conta de um reforço de fiscalização ao longo da EN1 no distrito da Manhiça.

Revisão da sinalização e dos limites de velocidade, obras nalguns locais e campanhas de sensibilização para uma condução segura foram outras medidas anunciadas.

Em média, segundo dados oficiais, Moçambique regista, pelo menos, mil mortes por acidentes de viação anualmente. O ano de 2020 foi uma exceção, tendo em conta que foram registados 855 óbitos, uma descida associada à fraca mobilidade devido às restrições impostas pela covid-19.

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