Afirmou-o em 2013, quando recebeu o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores, e assumiu esse perigo, desde o início, desde a primeira obra, desde os contos de "Lugar Comum" (1966), num trabalho constante sobre "a palavra e o seu cume de fulgor", com "um virtuosismo exemplar", como o definiu o ensaísta Eduardo Lourenço.

Maria Velho da Costa representa "a inovação no domínio da construção romanesca, no experimentalismo e na interrogação do poder fundador da fala", disse o júri do Prémio Camões, em 2002, quando lhe atribuiu o galardão. Representa a capacidade de trabalhar a linguagem, de desafiar modelos dominantes, de afirmar a força da mulher.