
Do total, 11 pessoas morreram em Moçambique, quatro em Essuatíni, três no Zimbabué, duas na África do Sul e uma pessoa em Madagáscar, ilha que foi atingida um dia antes da zona costeira do continente, de acordo com um comunicado de imprensa do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
A grande maioria das pessoas afetadas encontra-se na região da Beira, no centro de Moçambique, uma região que estava ainda a tentar recuperar da devastação causada em 2019 pelos ciclones Idai e Kenneth, que mataram cerca de 700 pessoas.
As áreas inundadas são grandes e a ONU relata um elevado risco de cólera. Cerca de 180.000 hectares de culturas ficaram também submersos, o que poderá ter graves consequências na próxima colheita e afetar o abastecimento alimentar das populações.
O número de pessoas afetadas continua a aumentar, uma vez que as equipas de avaliação estão a fazer progressos lentos no mapeamento dos danos, segundo a ONU.
Mais de 20.000 casas foram destruídas ou danificadas, principalmente na província de Sofala, perto da Beira, segundo o Instituto Nacional de Gestão de Desastres de Moçambique.
Segundo o INGD, o ciclone afetou um total de 51.102 famílias, o correspondente a 267.289 pessoas, das quais 20.167 estão deslocadas, e pelo menos 86 unidades hospitalares foram afetadas.
O ciclone Eloise atingiu o centro de Moçambique no sábado, depois de a tempestade Chalane ter provocado sete mortos, na mesma zona, no final de 2020.
VM (LYN) // PJA
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