"Eliminámos comandantes do Hamas e isto é apenas o início", advertiu o chefe de Governo interino israelita, horas depois de um ataque seletivo do Exército e dos serviços de inteligência para abater altos comandos militares das Brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do movimento islâmico.

"Israel responderá, e está a responder, com uma força crescente para atingir" milícias "com as quais eles nem poderiam sonhar", disse Netanyahu no Wolfson Medical Center de Holon, onde visitou israelitas feridos por "rockets" disparados a partir de Gaza.

Desde que começou a onda de violência entre Israel e Gaza, na segunda-feira, pelo menos 48 palestinianos, incluindo 14 crianças, morreram no enclave, e seis civis israelitas, entre os quais um adolescente e um trabalhador indiano.

No entanto, pouco depois do último balanço de vítimas da confrontação, o Exército israelita confirmou a morte de um militar, o primeiro em três dias de conflito com o Hamas, na sequência de um ataque com o míssil disparado a partir da Faixa de Gaza.

"O sargento-chefe Omer Tabib foi morto hoje de manhã por um míssil antitanque durante uma operação para proteger localidades [israelitas] perto da Faixa de Gaza", disse o Exército de Israel num comunicado.

O al-Qassam indicou de manhã ter disparado um míssil contra um jipe do exército israelita.

Milícias palestinas lançaram mais de 1.000 "rockets" contra Israel, que também atingiram Jerusalém e Telavive, enquanto Israel realizou mais de 500 bombardeamentos retaliatórios contra alvos no enclave.

As sirenes antiaéreas não param de soar nas comunidades israelitas próximas de Gaza.

Entre os comandantes do Hamas mortos hoje, o Exército confirmou um próximo a Mohamed Deif, comandante das Brigadas al-Qassam, que hoje ameaçou atacar "novos alvos" em Israel a partir das 18:00 locais (16:00 em Lisboa).

As Brigadas al-Qassam confirmaram hoje a morte de um de seus líderes, Bassem Issa, comandante na Cidade de Gaza, vítima de um bombardeamento israelita.

O Shin Beth, os serviços de inteligência internos israelitas, já tinha anunciado a morte de Bassem Issa, mas também de três outros líderes da organização em ataques contra o enclave palestiniano de dois milhões de habitantes.

No total, os serviços secretos israelitas reivindicaram terem abatido "uma dúzia" de outras altas autoridades do Hamas, mas também executivos da Jihad Islâmica, o segundo grupo islâmico armado na Faixa de Gaza, numa série de ataques realizados desde segunda-feira à noite.

Os ataques, que continuaram hoje, são, segundo o exército israelita, uma retaliação à barragem de "rockets" disparados pelo Hamas e pela Jihad Islâmica desde a noite de segunda-feira.

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