"Portugal enfrenta um bloqueio estrutural nos rendimentos do trabalho. O salário mínimo nacional tem subido, mas continua longe de cobrir os custos reais de vida", constatou hoje a candidatura do MPT às Legislativas Nacionais.

A isto soma-se o facto de o salário médio estar "praticamente estagnado há mais de uma década, o que mostra que a melhoria anunciada por alguns não chega à maioria. Muitas famílias vivem com salários insuficientes para garantir estabilidade e futuro", evidencia o Partido da Terra.

A candidatura do MPT acredita, porém, "é possível criar condições para que os rendimentos do trabalho cresçam com responsabilidade e justiça" e "sem ignorar a realidade das empresas".

Para o efeito apresenta uma série de medidas que passam pela revisão da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, criação de mecanismos de incentivo fiscal à valorização salarial nas micro e pequenas empresas, apoios à formação e requalificação profissional, "com foco nas competências tecnológicas, ambientais e sociais mais procuradas", o combate às "práticas de precariedade e subcontratação abusiva" e ainda à promoção do diálogo entre Estado, empregadores e trabalhadores, "com metas realistas para a evolução do salário mínimo nacional, evitando choques económicos, mas com compromisso social".

"O Partido da Terra defende uma economia mais justa, sustentável e orientada para as pessoas. Não prometemos milagres, mas recusamos a resignação. Acreditamos que é possível melhorar os salários em Portugal com seriedade, responsabilidade e visão de futuro", conclui o MPT.