O MPT, através de comunicado, assume que se recusa "pactuar com o silêncio ou a resignação" e elenca uma série de requerimentos, denúncias e propostas concretas que diz ter apresentado à Câmara Municipal, abrangendo áreas como a habitação social, mobilidade, gestão das empresas municipais, ambiente urbano e defesa da legalidade administrativa.

Valter Rodrigues, deputado único eleito pelo MPT à Assembleia Municipal, aponta a "falta de resposta a requerimentos legais; denúncias de degradação urbana; propostas de mobilidade sustentável; e fiscalização da gestão da habitação pública e das empresas municipais como os principais pontos a ter em consideração.

Para o deputado, "o trabalho desenvolvido merece ser divulgado e não silenciado, na defesa do interesse público e da pluralidade democrática". "Somos um só deputado, mas representamos milhares de funchalenses que não se resignam. O nosso trabalho é feito com seriedade e responsabilidade — e tem de ser conhecido, não censurado. O silêncio nunca é resposta para quem defende a verdade", indica Valter Rodrigues.

O partido afirma que, apesar de apenas ter um deputado eleito, está sempre presente nos bairros, nas zonas esquecidas, nas famílias que esperam por justiça habitacional, nos empresários que querem regras claras e naqueles que exigem uma cidade mais limpa, justa e transparente

Eis as iniciativas recentes elencadas pelo deputado

Habitação – Justiça no acesso e transparência na gestão

• Pedido detalhado à SocioHabitaFunchal sobre fogos atribuídos, tipologias vagas, valores cobrados e critérios de acesso à habitação social.

• Requisição do processo completo da construção dos 23 fogos no Bairro da Ponte, anunciados como investimento de capitais próprios pela CMF, para garantir clareza nas candidaturas e no uso de recursos públicos.

Empresas Municipais – Exigência de responsabilidade

• Pedido de esclarecimentos à Frente MarFunchal sobre os preços e serviços oferecidos em espaços como o Lido, questionando se o valor pago pelos munícipes é proporcional aos benefícios efetivos (acesso a balneários, segurança, manutenção).

• Fiscalização das concessões atribuídas e defesa da concorrência justa para empresários locais.

Educação – Apoios que não chegam

• Denúncia do apoio municipal de apenas 30€ por aluno para material escolar, valor insuficiente para responder às necessidades das famílias, num tempo de inflação galopante.

• Exigência de revisão do regulamento municipal para garantir apoios justos e adaptados à realidade económica das famílias.

Infraestruturas – Intervenções adiadas, riscos reais

• Caminho do Amparo (São Martinho): denúncia da degradação do pavimento, passeios intransitáveis e passadeiras perigosas — situação relatada diretamente por moradores e documentada com imagens.

• Estrada da Boa Nova (Santa Maria Maior): pedido de reparação urgente após verificação de buracos no pavimento e derrames persistentes de água potável.

• Requerimento para reabertura de processos de intervenção anteriormente sinalizados e abandonados.

Mobilidade Sustentável – Propostas com impacto orçamental

• Apresentação de proposta de recomendação para passe gratuito aos trabalhadores da Câmara Municipal do Funchal, como incentivo à mobilidade verde e apoio aos rendimentos dos trabalhadores, com estimativa de impacto orçamental de 30€/mês por colaborador.

Ambiente e saúde pública – Ribeiras esquecidas

• Denúncia da falta de limpeza da ribeira na Zona Velha e outras localizações, com envio de documentação fotográfica e referência ao incumprimento da legislação ambiental e de proteção civil.

Fiscalização da Legalidade e Defesa do Direito à Informação

• Diversos requerimentos enviados à Câmara Municipal permanecem sem resposta dentro dos prazos legais, em clara violação do Código