
O presidente do PSD fez hoje a tradicional descida do Chiado, em Lisboa, e fez promessas de diálogo político e social se formar Governo, mas também de combate à manipulação de factos e à desinformação.
Luís Montenegro falava aos jornalistas a meio do percurso, quando se preparava para descer a parte da rua do Carmo, depois de interrogado sobre a suspeita de o Chega estar usar contas falsas nas redes sociais.
O primeiro-ministro começou por advogar que tem "dado primazia absoluta à fidedignidade da informação e à valorização dos órgãos de comunicação social, combatendo a manipulação e a desinformação".
"Tenho feito um apelo inclusivamente aos órgãos de comunicação social tradicionais para que não percam o seu foco no combate à desinformação", acentuou.
Depois, neste contexto, sem falar diretamente no Chega, respondeu: "Aqueles que aproveitam hoje, nomeadamente o mundo digital e as redes sociais, para criar ondas de manipulação e de falsidades, todos os políticos e partidos políticos que exploram esses meios não são dignos da confiança do povo".
Luís Montenegro advertiu, ainda, que é preciso "não se ir atrás das notícias de que não se consegue identificar a origem e que são criadas precisamente nessas redes".
Em relação às eleições de domingo, Luís Montenegro procurou destacar os acordos sociais feitos pelo seu executivo ao longo dos últimos 11 meses e prometeu manter esse diálogo se voltar a formar Governo.
Na descida do Chiado, o líder do PSD teve ao seu lado a mulher, Carla Montenegro, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, o presidente da Assembleia da República, e membros do seu Governo como o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, também cabeça de lista da AD por Lisboa.
Na primeira linha, estiveram ainda o presidente do CDS, Nuno Melo, antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite, a "primeira vice" do PSD, Leonor Beleza, e outros membros do seu Governo como Miguel Pinto Luz, António Leitão Amaro ou Margarida Balseiro Lopes.