
Luís Montenegro falava aos jornalistas no Largo da Portagem, em Coimbra, depois de ter sido confrontado com declarações momentos antes proferidas, na Covilhã, pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
Entre outras críticas, o secretário-geral do PS considerou inaceitável o "insulto à democracia" do primeiro-ministro quando "ameaçou alterar a lei da greve" por causa da paralisação na CP.
Confrontado com estas acusações por parte do líder socialista, o presidente do PSD reiterou que houve "influências políticas, partidárias e eleitorais" que não permitiram evitar a greve da CP e defendeu que é necessário um maior equilíbrio entre direitos.
"A mim, interessam-me as pessoas, interessa-me o serviço que nós temos a obrigação de proporcionar a quem quer ir trabalhar, a quem quer ir estudar, a quem quer ir a uma consulta médica, a quem tem as suas dinâmicas muito prejudicadas, sem menosprezo pela luta laboral e pela reivindicação de todos os setores de atividade", respondeu o primeiro-ministro.
Luís Montenegro salientou depois que ao seu Governo cabe "atender ao interesse geral".
"Continuarei a defender as nossas ideias e os outros defendem as deles", completou, numa alusão aos dirigentes dos partidos de esquerda.
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