
A resolução, redigida pelos Estados Unidos, indica que o mandato da missão, chamada MANUI, terminará a 27 de maio do próximo ano e que deverá, entretanto, incluir uma "equipa das Nações Unidas reforçada, sólida e visível, com pessoal suplementar" antes das próximas eleições no Iraque.
Segundo a resolução, a missão de observação eleitoral deverá abranger a maior cobertura geográfica possível do país, garantindo, porém, que a organização da votação deverá ser feita "de forma a respeitar a soberania iraquiana".
"[A missão da ONU terá também de] encorajar, coordenar e fornecer, quando apropriado, apoio logístico e de segurança aos observadores internacionais e regionais convidados pelo Governo iraquiano" para observar as eleições, acrescenta o documento.
Segundo a resolução, a MANUI tem ainda a missão adicional de "lançar uma campanha estratégica para educar, informar e atualizar os eleitores iraquianos sobre os preparativos eleitorais e as atividades das Nações Unidas em apoio às eleições antes e no dia da votação".
Numa recente sessão por videoconferência do Conselho de Segurança sobre o Iraque, a representante da ONU em Bagdad, Jeanine Hennis-Plasschaert, pediu às autoridades iraquianas para garantirem a integridade do processo eleitoral, lembrando que ativistas de um movimento de protesto popular que eclodiu em 2019 "continuam a ser perseguidos com total impunidade".
"A ausência de eleições confiáveis levaria a uma raiva e a uma desilusão significativa, duradoura e generalizada, que, por sua vez, poderia desestabilizar ainda mais o país, num momento em que a força e a unidade são desesperadamente necessárias", advertiu Hennis-Plasschaert.
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