
No texto da petição, promovida pela Associação dos Ex-Militares da Primeira Incorporação de 1975 (AMINCOR75) e à qual a Lusa teve hoje acesso, estes exigem às autoridades nacionais "as mesmas condições", como assistência médica e medicamentosa, prestações sociais e de aposentações das aplicadas aos Combatentes da Liberdade da Pátria do período colonial.
"De salientar que existem ex-militares da primeira incorporação militar de 1975 que prestaram serviço militar em prol da independência nacional que vivem no limiar da pobreza, alguns até são considerados sem-abrigo, pois dormem nas ruas, passam fome, estão doentes, tanto fisicamente como psicologicamente, sem qualquer apoio ou tratamento", lê-se no texto da petição, lançada em fevereiro de 2019.
A apreciação desta petição pública é um dos pontos da primeira sessão parlamentar ordinária deste mês da Assembleia Nacional, que decorre de 10 a 12 de fevereiro.
De acordo com a petição, foram 214 os militares da primeira incorporação, concretizada antes da proclamação da independência de Cabo Verde, em 05 de julho de 1975.
"A nossa intenção é de interpelar os governantes no sentido de tudo fazerem para se alterar a atual situação desses militares e de dar as mesmas condições como as dos Combatentes da Liberdade da Pátria. Visa também garantir um conjunto de direitos aos militares da primeira incorporação de 1975, nomeadamente as melhores condições de vida na sociedade, bem como garantir um patamar de tratamento igualitário e com garantias de assistência médica e medicamentosa, inscrição na providência social e condições de aposentação", refere-se ainda na petição.
Defendem que estes "filhos naturais de Cabo Verde" são "dignos de reconhecimento pelas autoridades nacionais" deste pedido por "terem participado ativamente" na independência do país.
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