"Durante as conversações deverão ser debatidos temas da atualidade internacional, incluindo a situação na Síria, na Líbia e o aumento das tensões no Médio Oriente na sequência do ataque dos Estados Unidos contra o aeroporto de Bagdad, em 03 de janeiro", indicou o gabinete de imprensa da presidência russa.

O ataque dos Estados Unidos causou a morte do comandante da Força Quds dos Guardas da Revolução Iraniana, o general Qasem Soleimani, facto que desencadeou uma escalada de tensão na região, com o Irão a prometer vingança e Washington a prometer "todo o tipo de resposta" a qualquer ação de Teerão.

O Kremlin também informou que durante a reunião entre Merkel e Putin serão analisados o cumprimento dos acordos de Minsk de 2015, que visaram pôr fim à guerra no leste da Ucrânia, e os alcançados sob o designado "formato de Normandia" (Ucrânia, Rússia, Alemanha e França) em 09 de dezembro, em Paris.

O acordo assinado na capital francesa comprometeu os líderes russo e ucraniano, nomeadamente, a trabalhar para um cessar-fogo "total" e efetivo até ao final do ano e para um intercâmbio completo dos respetivos presos.

Os intervenientes também acordaram implementar condições políticas e de segurança em quatro meses para permitir eleições locais em Dombass, mas não chegaram a acordo sobre o controle da fronteira russo-ucraniana.

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