
"O STAE vai mobilizar todos os recursos que houver em cada município e, seja de que maneira for, o material vai chegar hoje em segurança e acompanhado permanentemente por equipas da polícia, para amanhã abrirmos as urnas com normalidade", disse à Lusa o diretor-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Acilino Manuel Branco.
O responsável explicou que o processo envolve transportar o material das capitais de município para os centros de votação, alguns a várias horas de distância, incluindo, por exemplo, para a ilha de Ataúro, em frente a Díli.
Ainda no quadro do processo, Acilino Manuel Branco explicou que nos últimos dias foi feito o processo "normal" de verificação de todo o material e, em particular, dos boletins de voto, em cada capital de município.
Sob os olhos de observadores e de mais de 20 mil fiscais das candidaturas, os supervisores eleitorais verificam todos os boletins de voto, eliminando qualquer um que tenha problemas de impressão ou marcas.
"É um processo normal que se faz quando o material sai de Díli. Vemos se de facto há material suficiente, tendo em conta as necessidades de cada centro de votação e os boletins são analisados, num processo transparente", disse Acilino Manuel Branco.
"Rejeitamos totalmente rumores e noticias falsas de que há boletins já com furos. Os únicos furos vão ser dos pregos dos eleitores quando votarem em urna", disse.
Boletins de votos -- cada um tem um número de série -- inutilizáveis são marcados como tal, com o carimbo "não usar", são assinados por todos os presentes e depois o número de série é registado em ata.
"Em Manatuto, por exemplo, tivemos quatro boletins assim", disse Acilino Manuel Branco.
O diretor-geral do STAE confirmou igualmente que já estão nos países de destino -- Austrália, Coreia do Sul, Inglaterra, Irlanda do Norte e Portugal -- todos os materiais eleitorais que vão ser usados para a votação na diáspora.
Estas serão as maiores eleições de sempre, com 16 candidatos, 859.613 eleitores recenseados e 1.500 estações de voto, um aumento de 25%, a que se somam os centros de votação em cinco países estrangeiros.
As urnas abrem às 07:00 de sábado (22:00 de sexta-feira, hora de Lisboa) e fecham às 15:00, hora local (06:00, hora de Lisboa).
Os primeiros a votar serão os funcionários destacados em cada centro de votação.
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