
A comunidade portuguesa na África do Sul está em alerta após o sequestro de José Manuel Ramos, de 62 anos, emigrante madeirense raptado na noite de terça-feira, 11 de Junho de 2025, entre as 20h00 e as 21h00, na zona de Townsview, Joanesburgo. O alerta foi lançado pelo Fórum Português, que já disponibilizou linhas de emergência e apela à colaboração da população.
Segundo o comunicado, José Manuel Ramos foi raptado por indivíduos ainda não identificados, não havendo até ao momento qualquer reivindicação ou pedido de resgate. A vítima é um empresário natural da Madeira, há décadas radicado na África do Sul, com ligações estreitas à comunidade luso-descendente.
O Fórum Português pede a quem tenha qualquer informação que contacte urgentemente os números de telefone desta organização. “Cada minuto conta. Precisamos de ajuda para trazer o José de volta em segurança”, lê-se no apelo público, que está a ser amplamente partilhado nas redes sociais sob a hashtag #HelpFindJose.
Este caso soma-se a uma preocupante sucessão de sequestros que têm visado, nos últimos anos, cidadãos portugueses, sobretudo empresários, radicados na África do Sul. Só em 2024, pelo menos seis casos semelhantes chegaram ao conhecimento da comunidade, a maioria em zonas urbanas de Joanesburgo e Pretória.
As vítimas têm geralmente perfis semelhantes: empresários luso-descendentes, com negócios de sucesso e presença visível na comunidade. São frequentemente sequestrados a caminho de casa ou durante rotinas previsíveis, sendo posteriormente exigidos resgates às famílias.
A vaga de raptos tem gerado insegurança entre os emigrantes, que se veem obrigados a reforçar medidas de protecção pessoal. Muitos optam por não divulgar publicamente os casos, por receio de represálias. O Fórum Português, porém, tem vindo a denunciar a situação, apelando a uma resposta mais firme das autoridades locais e ao reforço da proteção diplomática por parte do Governo português.
A situação está a ser acompanhada de perto pelas autoridades portuguesas em Joanesburgo, que mantém contacto com as autoridades sul-africanas.
O rapto do madeirense volta a colocar em evidência o risco crescente para os emigrantes portugueses na África do Sul, num contexto de criminalidade elevada e onde a visibilidade empresarial pode transformar-se num perigo.