As autoridades de Macau, contudo, alertaram em comunicado que, "sob a influência de uma corrente de ar do quadrante leste, haverá ventos fortes ocasionais (...) e sob a influência de uma maré astronómica vão ocorrer inundações em zonas baixas do Porto Interior" no domingo e na segunda-feira.

Um alerta que motivou inicialmente o anúncio do "Storm Surge" (maré de tempestade) Azul, o primeiro aviso na escala.

Agora, "a altura de inundação prevista será inferior a 0,3 metros. Aconselha-se ao público que continue a tomar medidas adequadas", pode ler-se na mesma nota.

Na sexta-feira, as autoridades emitiram o sinal 3 de tempestade tropical e previam já inundações nas zonas baixas no território.

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, que são emitidos tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.

Para este ano, as autoridades de Macau disseram prever quatro a seis tempestades tropicais no território em 2020, algumas delas podendo mesmo "atingir o nível de tufão severo ou super tufão".

"O primeiro ciclone tropical a afetar Macau pode ocorrer em meados de junho ou mais tarde, e toda a época de tufões termina no final de setembro", informaram, em março, os SMG.

Em setembro de 2018, a passagem do tufão Mangkhut por Macau deixou prejuízos económicos diretos e indiretos no valor de 1,74 mil milhões de patacas (192 milhões de euros).

O Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território, onde o sinal máximo de tempestade tropical esteve içado várias horas. Ao todo, as autoridades retiraram 5.650 cidadãos das zonas baixas e 1.346 pessoas recorreram aos 16 centros de abrigo de emergência.

Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, causou dez mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas (1,3 mil milhões de euros).

JMC (MIM) // JMC

Lusa/Fim