
Kim falava num encontro com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, que visitou pela segunda vez a capital norte-coreana em menos de três meses, disse a agência de notícias oficial KCNA.
Na reunião, realizada na quarta-feira, o líder norte-coreano garantiu que Pyongyang "apoiará incondicionalmente a posição e a política externa da Rússia em todas as questões internacionais cruciais, incluindo a questão ucraniana".
Kim manifestou "a sua convicção de que a Rússia, como sempre, alcançará a vitória na sua causa sagrada de procurar a justiça", acrescentou a agência.
As duas partes concordaram em "continuar a fortalecer gradualmente" as relações, segundo a KCNA.
A embaixada russa em Pyongyang referiu na plataforma de mensagens Telegram que os dois líderes "trocaram opiniões sobre a situação em torno da crise ucraniana e na península coreana".
A visita à Coreia do Norte de Sergei Shoigu, antigo ministro da Defesa, ilustra a crescente aproximação entre os dois países.
Moscovo e Pyongyang reforçaram a cooperação militar nos últimos anos, com a Coreia do Norte a fornecer armas e tropas para apoiar a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Os dois países assinaram um acordo de defesa mútua durante a visita do Presidente russo, Vladimir Putin, à Coreia do Norte, em 2024.
Um contingente de soldados norte-coreanos participou, ao lado do exército russo, nos combates na região russa de Kursk, situada junto à fronteira com a Ucrânia. As tropas de Kiev tinham ocupado parte da região numa ofensiva surpresa no verão de 2024.
O Conselho de Segurança da Rússia, um importante órgão consultivo que se reúne regularmente com Putin, tinha anunciado anteriormente que as discussões lideradas pelo líder russo se concentrariam na "implementação de certas cláusulas" do tratado de parceria entre Moscovo e Pyongyang, bem como na homenagem a prestar aos "combatentes coreanos que participaram na libertação da região de Kursk".
Em abril, a Coreia do Norte confirmou pela primeira vez que tinha enviado tropas para a frente ucraniana ao lado do exército russo.
Em 29 de maio, os Estados Unidos e dez aliados afirmaram que a cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte viola flagrantemente as sanções da ONU e tem ajudado Moscovo a intensificar os ataques com mísseis contra cidades ucranianas.
As acusações constam do primeiro relatório desde que 11 países --- EUA, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Países Baixos, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Reino Unido --- se uniram para fiscalizar as sanções contra Pyongyang.
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