"Apesar de as investigações à corrupção estarem a ser dirigidas contra os dirigentes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), João Lourenço não deverá iniciar uma limpeza de alto a baixo relativamente a corrupção e clientelismo, para evitar perder a massa crítica de apoio no partido", escrevem os analistas da consultora Eurasia.

Numa nota enviada aos clientes sobre a estratégia de João Lourenço, e a que a Lusa teve hoje acesso, o diretor do departamento africano da consultora, Darias Jonker, escreveu que "a campanha contra a corrupção, depois de ter afastado o antecessor, José Eduardo dos Santos, e a sua família, está agora centrada nos aliados do antigo Presidente", incluindo alguns que mudaram o seu apoio para o atual chefe de Estado.