De acordo com a imprensa local, as conclusões do trabalho foram apresentadas a Jair Bolsonaro por parte do Ministério da Defesa.

Bolsonaro deverá agora apenas ver divulgado um relatório final, incluindo também a segunda volta das eleições agendadas para 30 de outubro.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, durante as eleições de 02 de outubro, os militares fotografaram boletins impressos em cerca de 385 urnas eletrónicas espalhadas pelo país e enviaram os arquivos para o Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, onde fizeram um trabalho paralelo de contagem dos votos.

Apesar de não ter criticado o resultado eleitoral, Bolsonaro tem repetidamente levantado dúvidas, infundadas, sobre a fiabilidade das urnas eletrónicas no Brasil.

Um dia depois da primeira volta, o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garantiu que as autoridades cumpriram a missão de transparência nas eleições.

"Saímos com a certeza que a justiça eleitoral cumpriu novamente a sua missão de trazer transparência", declarou, em Brasília, Alexandre de Maraes.

Na mesma linha, em declarações à Lusa, em Brasília, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Portugal, João Almeida, que esteve presente em Brasília para acompanhar o processo, deixou elogios à velocidade do processo de cotagem dos votos, com as urnas a fecharem às 17:00 e a contagem praticamente terminada quatro horas depois.

"Os resultados são conhecidos praticamente no mesmo tempo que os nossos [portugueses] resultados da eleição", disse, acrescentando: "O sistema é muito eficiente".

A missão da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) concluiu que as eleições gerais no Brasil "satisfizeram os requisitos internacionais" e as urnas eletrónicas foram seguras e confiáveis.

A missão de observação eleitoral da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da CPLP (ROJAE-CPLP) às Eleições Gerais no Brasil composta por técnicos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste integrou um conjunto de mais de 100 observadores internacionais que supervisionaram o processo eleitoral.

 

MIM // LFS

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