A candidatura da Iniciativa Liberal (IL) Madeira às Eleições Legislativas nacionais apresentou esta quinta-feira, 8 de Maio, uma proposta para reformular o modelo de saúde, defendendo a criação de um Sistema Universal de Acesso à Saúde (SUA-Saúde).

A medida, incluída no Manifesto Eleitoral da candidatura, visa garantir maior liberdade de escolha aos utentes e uma articulação eficaz entre os sectores público, privado e social, explica o partido, em nota emitida.

A IL critica que o actual modelo de saúde pública "não consegue dar resposta às necessidades dos cidadãos", acusando o mesmo de perpetuar "desigualdades entre regiões".

"Os madeirenses estão cansados de esperar. Esperar por consultas, por cirurgias, por respostas", afirma a IL.

João Côrte Fernandes, cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal Madeira, reforça a necessidade de mudança, sublinhando que o modelo proposto permitirá que os utentes tenham liberdade para escolher onde e por quem são tratados: "Não queremos mais um sistema que trata os utentes como números ou obstáculos. Defendemos um sistema que respeita as pessoas e lhes dá liberdade para escolher quem os trata, quando precisam e onde encontram resposta."

A proposta da IL inclui medidas como o reforço da cooperação entre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o Serviço Regional de Saúde, o acesso dos madeirenses ao Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) e ao vale-cirurgia. Além disso, o partido propõe o uso de dados para uma gestão mais eficaz e a redução das listas de espera através da contratualização com entidades privadas e do sector social.

Para a Iniciativa Liberal, o modelo de saúde defendido representa um sistema "justo, transparente e acessível", onde a qualidade do cuidado "depende das necessidades das pessoas, e não da lógica do aparelho do Estado".