"Vetamos sanções contrárias aos interesses húngaros. No caso da energia nuclear, isso também acontecerá", disse Orbán na sua intervenção semanal na rádio pública Kossuth.

Uma limitação da cooperação nuclear entre a União Europeia e a Rússia afetaria a expansão da fábrica húngara Paks, que será realizada pela estatal russa Rosatom com investimento russo de 12,5 mil milhões de euros.

Orbán, considerado um aliado de Moscovo na UE, afirmou que as sanções da UE contra a Rússia pela invasão da Ucrânia já geraram perdas na ordem dos 9,7 mil milhões de euros.

Segundo o primeiro-ministro húngaro, as sanções paralisam a UE, pois geraram o aumento dos preços que os países da comunidade enfrentam atualmente.

A Hungria registou em dezembro a inflação interanual mais elevada da UE, situada nos 24,5%, embora Orbán tenha assegurado hoje que até ao final de 2023 "será somente de um dígito".

O primeiro-ministro húngaro prometeu ainda que enquanto estiver no poder, a Hungria não se envolverá na guerra.

"Se alguém enviar armas a uma das partes beligerantes, ou financiar o seu orçamento, pode dizer o que quiser, mas estão na guerra", declarou.

Orbán afirmou que o Governo húngaro está sob pressão para ser forçado a entrar na guerra, embora sem precisar a quem se referia.

"Tudo deve ser feito para alcançar a paz", disse Orbán, lembrando que centenas de milhares de pessoas já morreram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

CSR // APN

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