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O jurista e académico sul-africano Andre Thomashausen defendeu hoje que a África do Sul não deveria "fechar" num museu a história de milhares de refugiados portugueses que na década de 1970 aceleraram a industrialização do país.
"A História não deve ser fechada em museus somente porque as nossas visões e valores hoje diferem daqueles de uma era passada", disse à Lusa o jurista e académico emérito da Universidade da África do Sul (UNISA), salientando que "a tolerância intelectual exige que se aceite viver com a história como ela aconteceu".
"Por exemplo, até à chegada de centenas de milhares de refugiados portugueses em meados dos anos setenta, a África do Sul era essencialmente um Estado agrário, e foi o contributo do grande número de artesãos, engenheiros, arquitetos e empresários portugueses que permitiu à África do Sul acelerar a sua industrialização", sublinhou.