Hamilton, que dominou de 'fio a pavio' a quarta prova da temporada, cumpriu as 52 voltas em 1:28.01,283 horas, deixando o segundo classificado, o holandês Max Verstappen (Red Bull), a 5,856 segundos e o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) a 18,474 segundos.

De fora ficou o alemão Nico Hulkenberg (Racing Point), chamado de urgência para substituir o mexicano Sergio Pérez, que acusou positivo à covid-19.

Hulkenberg nem sequer arrancou, devido a um problema no motor do seu monolugar.

A monotonia da corrida foi interrompida por duas vezes, devido aos acidentes do sueco Kevin Magnussen (Haas), primeiro, e do russo Daniil Kvyat (Alpha Tauri), depois, que fizeram entrar o 'safety car' que reagrupou o pelotão.

As 'escaramuças' mais ativas iam sendo pelo oitavo lugar e envolviam o australiano Daniel Ricciardo (Renault), o britânico Lando Norris (McLaren) e o espanhol Carlos Sainz (McLaren).

No entanto, a duas voltas do final tudo se alterou. O pneu dianteiro esquerdo do finlandês Valtteri Bottas (Mercedes), que até então tinha sido um fiel escudeiro de Hamilton, cedeu na reta da meta, obrigando o piloto da Mercedes a perder muito tempo até entrar nas boxes.

Com isso, caiu do segundo lugar que ocupou toda a corrida até ao 11.º, o primeiro sem pontos.

Logo a seguir foi o espanhol Carlos Sainz a furar, também o pneu dianteiro esquerdo, e a afundar-se até ao 13.º posto final.

Com os pneus em mau estado, Max Verstappen optou, então, por entrar nas boxes para trocar os quatro pneus e tentar amealhar o ponto extra pela volta mais rápida. Uma decisão que lhe custaria a vitória, pois Lewis Hamilton também sofreu um furo na roda dianteira esquerda à entrada da última volta.

Sem possibilidades de regressar às boxes, o piloto britânico 'rezou' para conseguir terminar em primeiro.

"Tentei perceber se ainda faltava muito. Nunca vivi nada assim na última volta. O meu coração quase parou", admitiu o piloto da Mercedes nas entrevistas após o final da corrida.

Com cerca de meio minuto de vantagem para Verstappen antes do furo, Hamilton conseguiu cortar a meta com 5,856 segundos de vantagem para o holandês, que ficou mesmo com a volta mais rápida.

Desta forma, Hamilton chegou às sete vitórias no GP caseiro, um novo recorde, sendo que nunca um piloto tinha cortado a meta em primeiro com um pneu furado.

Daniel Ricciardo acabou em quarto lugar, na frente de Lando Norris e do francês Esteban Ocon (Renault).

O campeão mundial, que persegue um sétimo título esta temporada, soma, agora, 88 pontos, mais 30 do que Bottas, e 36 do que Verstappen e parte como principal favorito à corrida da próxima semana, outra vez em Silverstone.

AGYR // NFO

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