O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, deu hoje conta de "nove massacres contra famílias" na Faixa de Gaza, elevando o número total de mortos desde o início da ofensiva israelita para 35.800.

Além disso, 210 pessoas ficaram feridas, elevando para 80.200 o total de feridos desde o início da guerra no enclave palestiniano devastado.

Estima-se que os corpos de cerca de 10.000 pessoas desaparecidas continuam enterrados sob os escombros.

Num comunicado militar é referido que as tropas israelitas avançaram hoje ainda mais para Rafah e mataram vários presumíveis milicianos do Hamas em combates "corpo a corpo", enquanto o exército mantém ataques aéreos sobre a maior parte do enclave.

"As tropas estão a operar com base em informações sobre alvos terroristas nos bairros de Brasil e Shabura, fazendo tudo o que é possível para evitar danos aos civis e depois de a população civil na área ter sido retirada", indica o documento.

A operação militar de Israel em Rafah, iniciada a 06 deste mês, está a ser alvo de grande controvérsia porque a cidade abrigou inicialmente mais de 1,4 milhões de pessoas deslocadas, que foram novamente obrigadas a abandonar a localidade sem terem garantias de segurança em qualquer outro lugar.

Segundo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), mais de 800.000 habitantes de Gaza já chegaram às praias de al-Mawasi, de onde o exército israelita aconselhou os civis a fugir pouco antes do início da ofensiva.

Embora as forças armadas a tenham identificado como uma "zona segura", trata-se de uma área costeira onde milhares de pessoas já estavam a viver em tendas temporárias, sem água nem saneamento.

JSD // APN

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