"Dos quatro principais indicadores diariamente avaliados, consta um aumento do número de novos casos nas últimas cinco semanas, um aumento do número de pessoas hospitalizadas e um aumento da taxa de positividade dos testes", referiu, em comunicado, o Alto Comissariado.

A entidade salientou que a "variante Delta do vírus SARS-CoV-2 pode estar na origem da terceira vaga, pois já foi detetada em mais de 14 países africanos e é supostamente 60% mais transmissível que as variantes anteriores".

"Como fator agravante, assistimos ao não cumprimento das medidas em vigor no decreto do estado de alerta. Medidas como uso obrigatório de máscara na via pública, nos espaços fechados de acesso público, nos transportes públicos assim como o cumprimento de distanciamento físico não são cumpridas pela maioria da população", lamentou o Alto Comissariado.

O Governo da Guiné-Bissau prolongou o estado de alerta em 24 de junho durante um período de 15 dias, até 08 de julho.

"O combate à pandemia da covid-19 é uma luta de todos o guineenses, pelo que exortamos a população a reforçar o cumprimento e a ajudar a cumprir as medidas em vigor, para que juntos consigamos travar a tendência ascendente verificada nas últimas semanas", afirmou.

Os últimos dados divulgados pelo Alto Comissariado para a Covid-19 indicam que a Guiné-Bissau registou desde o início da pandemia um total de 3.869 casos acumulados e 69 vítimas mortais.

O país tem, atualmente, 206 casos ativos no país e 12 pessoas internadas.

Os dados indicam também que 3.588 pessoas foram dadas como recuperadas da doença.

 A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

MSE // LFS

Lusa/Fim