"A vacinação dos 12 aos 17 anos está no nosso plano e estamos a trabalhar para a sua efetivação. Naturalmente, ao mesmo tempo, estamos a trabalhar para o início da vacinação de reforço para maiores de 55 anos e para pessoas portadoras de doenças crónicas", afirmou o médico guineense.

Segundo Plácido Cardoso, está a ser feito todo um trabalho e "há recursos a serem mobilizados para esse fim", salientando que, por exemplo, no caso de vacinação dos jovens é preciso respeitar alguns requisitos na cadeia de frio e ter estimativas da população alvo para que sejam administradas vacinas como a Pfizer.

O médico guineense precisou também que 38% da população alvo tem a vacinação completa e que 57% está vacinada com pelo menos uma dose.

A Guiné-Bissau pretende vacinar até 638.147 pessoas com 18 anos ou mais em todo o território nacional para que seja atingido o objetivo de vacinar 70% da população.

Plácido Cardoso disse que a vacinação está a ser um "sucesso", lembrando que em outubro só havia 12% da população alvo completamente vacinada.

"Estamos a preparar uma nova campanha nacional, mas a nossa preocupação é que as pessoas que levaram apenas uma dose passem para o grupo dos completamente vacinados, bem como a vacinação das mulheres em idade fértil e as pessoas portadoras de doenças crónicas", afirmou, apelando à população para se dirigir aos postos de vacinação.

Os novos casos de covid-19 na Guiné-Bissau mais do sextuplicaram na última semana, com o país a registar entre 03 e 09 de janeiro 214 casos, para um total acumulado de 6.169, contra os 33 registados na última semana de 2021.

A taxa de positividade, segundo os dados, subiu de 3,3% para 5,9%.

A covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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