De acordo com o plano de vacinação, que foi hoje apresentado no Palácio do Governo, o intervalo entre a toma da primeira e da segunda doses da vacina será "de oito a 12 semanas", de forma a gerir a chegada de doses ao país para garantir que não haverá qualquer interrupção.

"E, em função da percentagem, nós pensamos concluir todo o processo em 2022", esclareceu o ministro da Saúde, Edgar Neves.

Segundo o governante, "os pontos de vacinação estão identificados em todas as áreas de saúde e o suporte logístico, recursos humanos já estão todos definidos".

O Governo garantiu que o processo de vacinação vai desenvolver-se em simultâneo na ilha de São Tomé e na Região Autónoma do Príncipe, cujo secretário regional para os Assuntos Sociais estava presente no encontro.

De acordo com Edgar Neves, as equipas técnicas do Ministério da Saúde "continuam na preparação detalhada", com apoio da Organização Mundial de Saúde e da agência das Nações Unidas para a infância (Unicef), "sobre aquilo que se vai desenvolver nos próximos dias".

Edgar Neves referiu-se, a este propósito, à "definição dos pontos de vacinação, toda a logística de suporte a campanha, formação dos formadores, preparação técnica do pessoal da saúde, incluindo as condições necessário a eventuais reações as vacinas".

O ministro da Saúde sublinhou ainda que o programa de vacinação "vai seguir diferentes etapas", apoiadas pela respetiva "componente financeira".

"Os planos por si só não se desenvolvem sem haver o apoio financeiro necessário e aqui eu devo destacar que os parceiros [presentes nesta apresentação] se manifestaram disponíveis para apoiar, cada um da sua forma e de acordo as suas possibilidades, e assim conseguiremos cumprir as etapas todas e vacinar toda a população", disse.

O Governo recorda que a vacinação da população não é obrigatória, mas o executivo vai "fazer toda a mobilização possível, explicar e esclarecer para que as pessoas adiram de forma voluntária a esse grande objetivo".

"Cada um de nós deve ser um agente da saúde pública, para que possamos muito rapidamente eliminar a doença em São Tomé e Príncipe", apelou o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, que presidiu ao ato de apresentação aos doadores do plano de vacinação contra a covid-19.

O chefe do Governo reconheceu que as 24 mil doses de vacina chegados ao país na semana passada "não serão suficientes, outros se seguirão, mas o plano [de vacinar toda a população] será escrupulosamente respeitado".

São Tomé e Príncipe regista, desde o início da pandemia, em março do ano passado, 1.977 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, e 32 mortes associadas à covid-19.

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