"Tendo em conta a evolução do preço internacional" e também a taxa de câmbio, teve-se "de permitir que as empresas importadoras e distribuidoras fizessem a revisão dos preços, para assegurar a continuidade do fornecimento, garantir segurança e reposição de 'stocks'", declarou Tonela.

O governante falava à margem do sexto conselho coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, que decorre na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado.

"O nível de prejuízo era tão elevado que algumas das empresas estavam a endividar-se com a banca, para fazer importações, sem capacidade para fazer a reposição", declarou.

O ministro dos Recursos Minerais e Energia assinalou que o Governo mantém o subsídio no preço do gás de cozinha, pagando 12 meticais (16 cêntimos de euro) por quilo.

Na última semana, a Autoridade Reguladora de Energia (Arene) de Moçambique anunciou a subida dos preços dos produtos petrolíferos no país entre 7% a 22%, refletindo a subida do preço do barril de crude.

Na sequência, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, considerou o aumento "um insulto", assinalando que a decisão vai agravar o custo de vida da população.

Em conferência de imprensa convocada a propósito da decisão do regulador petrolífero moçambicano, o porta-voz da Renamo, José Manteigas, repudiou os incrementos, observando que os mesmos acontecem poucas semanas depois de o Governo ter determinado a subida de 5% no salário mínimo nacional.

"Este aumento veio agravar mais o penoso custo de vida que os moçambicanos suportam, diariamente, num país onde o índice de desemprego é altíssimo e assustador", avançou Manteigas.

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