As medidas foram anunciadas num despacho do primeiro-ministro, Nuno Nabian, enviado à Lusa, no qual ainda se pode ler que os fiéis que frequentarem aqueles locais são obrigados a usar máscara durante o tempo que aí permanecerem.

Também ficou determinado que as igrejas, mesquitas e locais de culto e rituais tradicionais devem instalar equipamentos de lavagem de mãos, serem limpos e desinfetados com frequência, em especial nas áreas de maior contacto e exposição entre os utentes.

Aqueles locais ainda devem garantir condições de acolhimento e acomodação das pessoas durante o tempo do ritual religioso, assinala-se no despacho de Nuno Nabian.

Para prevenir o alastramento de situações de infeção pelo novo coronavírus, o Governo guineense decidiu em Conselho de Ministros, em 18 de março passado, interditar a frequência de lugares em que as pessoas se aglomeram, nomeadamente escolas, mercados, locais de culto religioso e de práticas desportivas de grupo.

Vários dignitários religiosos guineenses têm vindo a apelar às autoridades para que autorizem a retoma da frequência dos lugares de culto, justificando que algumas instituições, como as escolas, se prepararam para voltar ao funcionamento.

Também alegaram que se o comércio voltou à normalidade os lugares de culto religioso também poderiam retomar a atividade.

A Guiné-Bissau já registou 1.790 casos de infeção pela covid-19, entre os quais 25 mortes e mais de 700 recuperados.

No entanto, a alta-comissária para o combate à doença, a antiga ministra da Saúde Pública Magda Robalo, admitiu que o país estaria com muitas dificuldades para travar o alastramento do contágio e que a missão das autoridades vai concentrar-se na redução da possibilidade de mais mortes.

No âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, encerrou fronteiras em março, tendo de seguida declarado o estado de emergência no país.

O estado de emergência já foi prolongado por seis vezes, a última das quais até 25 de julho.

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