"Moçambique conseguiu atingir o pico apenas em outubro", declarou Armindo Tiago, falando na Assembleia da República.

Foi a primeira vez que um membro do Governo moçambicano se referiu ao mês de outubro como o do pico de casos do novo coronavírus, mas Armindo Tiago não avançou se o país vai ter ou não uma segunda vaga e um segundo pico.

Tiago assinalou que as previsões iniciais indicavam que os casos de covid-19 atingiriam o pico em abril em Moçambique e depois foram corrigidos para junho, mas só se concretizaram em outubro.

"Consideramos que o Governo traçou dois objetivos [na luta contra a covid-19] e os cumpriu integralmente: retardar o pico e proteger o Sistema Nacional de Saúde", frisou.

Sem apontar números, Armindo Tiago salientou que os centros de isolamento de casos de covid-19 montados no país ainda têm camas para mais doentes, o que traduz a eficácia da estratégia seguida pelas autoridades.

O ministro da Saúde frisou que o SNS dispõe de reservas de três meses de equipamento de proteção individual para o pessoal médico e já está a constituir uma provisão para reservas de 12 meses.

Por outro lado, continuou, as reservas de medicamentos essenciais chegam para três meses e estão em curso diligências para que sejam constituídas reservas para outros três meses.

Moçambique contabiliza 132 mortes por covid-19 e 15.866 casos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.495.205 mortos resultantes de mais de 64,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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