
As restrições que obrigam ao encerramento das escolas estão em vigor desde 23 de março e, pelo menos, até final de maio.
"O Minedh tem incentivado os pais e encarregados de educação das escolas privadas a pautarem-se por um diálogo ameno, franco e justo para a solução do diferendo", afirmou Gina Guibunda, porta-voz da tutela, em conferência de imprensa.
O ministério diz que cabe a si "regular aspetos de natureza metodológica e pedagógica" e que "não deve intervir na definição de valor das propinas" das escolares privadas, dada a "inexistência de instrumentos normativos" para o efeito.
Por conta da suspensão das aulas há um mal-estar instalado quanto ao pagamento de propinas.
Quanto ao reajustamento do calendário escolar, o Minedh informou ter criado uma equipa de trabalho para auscultação do setor.
Entretanto, o Governo revelou ter desenhado uma estratégia para garantir a continuidade das aulas em casa, através da Internet, rádios e televisão, distribuição de exercícios e livros gratuitos.
O ano letivo em Moçambique arrancou em fevereiro com 8,4 milhões de alunos no sistema público, segundo informações do Minedh, um aumento de 4,7% em relação a 2019.
Cerca de um milhão entrou no ensino secundário, enquanto a maioria são alunos do ensino primário (do primeiro ao sétimo ano de escolaridade).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou quase 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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