"Consolidamos aquilo que é uma resposta nacional e profissional na área da Proteção Civil, e temo-lo vindo a fazer com um investimento significativo e com um resultado essencial que são três anos consecutivos com menos 50% de ocorrências (de incêndios florestais) e menos de 50% de área ardida em relação à média da última década", disse Eduardo Cabrita em Almeirim, no distrito de Santarém, na formalização de uma parceria com a autarquia local para a construção de instalações para a FEPC, que vão representar um investimento de mais de 2,4 milhões de euros e têm conclusão prevista para meados de 2022.

Eduardo Cabrita, que presidiu à cerimónia, disse que a colocação da Força Especial da Proteção Civil é feita "com todo o sentido operacional e posicionamento estratégico", uma vez que "permite dar resposta nacional a partir de Almeirim".

"A Força Especial da Proteção Civil, criada em 2007, está hoje numa fase de consolidação, com integração na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com o fim da precariedade, com a integração dos seus elementos em carreira própria de bombeiros profissionais, e, por outro lado, com o alargamento da resposta operacional da FEPC", afirmou o ministro.

Eduardo Cabrita disse ainda que a colocação nos quadros de 250 bombeiros antecede a abertura de um novo concurso de recrutamento para 300 operacionais, tendo referido ainda que hoje estão cerca de 16 mil bombeiros vacinados contra a covid-19.

As novas instalações incluem uma área de comando e gestão de emergências, salas de formação, assim como outras áreas de comando e apoio, de planeamento, administrativas e de logística.

Segundo informação do Ministério da Administração Interna, as novas instalações vão permitir ainda reforçar a rede de infraestruturas de apoio ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, permitindo o pré-posicionamento estratégico de meios técnicos e recursos diferenciados de combate.

O investimento superior a 2,4 milhões de euros vai ser financiado em 75% por fundos comunitários e em 25% pela Câmara Municipal de Almeirim, autarquia com a qual a ANEPC estabeleceu hoje o protocolo.

A Força Especial de Proteção Civil tem afetos 240 elementos e intervém nas áreas do combate a incêndios rurais ou em situações como salvamentos aquáticos e resgates em montanha, análise e uso do fogo, apoio logístico, reconhecimento e avaliação de situação.

Em 2020, participou em 630 missões de combate e apoio em incêndios rurais, 500 missões associadas ao Plano de Operações Nacional da Serra da Estrela e 13 ações de apoio logístico de resposta à pandemia de covid-19.

A Força Especial de Proteção Civil sucedeu à Força Especial de Bombeiros, conhecida por "canarinhos", e estava inserida no dispositivo operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

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