"Após uma análise detalhada dos recentes atos autoritários do Twitter e do contexto em torno deles - especificamente como eles estão sendo recebidos e interpretados dentro e fora do Twitter - vou usar uma imagem do Trump permanentemente devido ao risco de mais incitamento à violência", escreveu Eduardo Bolsonaro ao trocar a foto do seu perfil por uma imagem de Trump na noite de domingo.

A rede social Twitter suspendeu a conta do Presidente norte-americano para evitar que Trump volte a promover atos violentos, como a invasão do Capitólio, ocorrida na quarta-feira.

Eduardo Bolsonaro também fez uma série de publicações em defesa do Presidente norte-americano, igualmente banido do Facebook e do Instagram, o que para o filho de Jair Bolsonaro é comparável a um ato de "assassinato da liberdade de expressão" que "segue a todo o vapor".

Tanto o filho quanto o Presidente brasileiro são apoiantes declarados de Trump.

Eduardo Bolsonaro chegou a ser apontado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington no ano passado, mas desistiu ao perceber que poderia ser barrado pelo Congresso brasileiro, que precisa autorizar este tipo de nomeação.

Especialistas tem reiterado nos 'media' brasileiros que o posicionamento de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, devem dificultar as relações do país com o próximo Governo dos EUA, que será liderado pelo democrata Joe Biden.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

Cinco pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.

No entanto, o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de janeiro.

O vice-presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes de Trump.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida quarta-feira, mas quatro horas depois as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

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