De acordo com dados provisórios do relatório do Comércio Externo, relativo ao 1.º trimestre de 2020 e divulgado hoje pelo INE cabo-verdiano, as importações aumentaram 5,4%, face ao mesmo período de 2019, para 18.351 milhões de escudos (166,7 milhões de euros), aumento que contribuiu para agravar o défice da balança comercial do país, em 4,2%.

Desta forma, e apesar do forte crescimento das exportações, que chegaram nos primeiros três meses do ano a 1.254 milhões de escudos (11,3 milhões de euros), a balança comercial agravou o resultado negativo para 17.099 milhões de escudos (155,2 milhões de euros), no primeiro trimestre.

O INE aponta que a Europa continua a ser o "principal" cliente de Cabo Verde, absorvendo 94,3% do total das exportações cabo-verdianas, com a Espanha a liderar por países, comprando 60,7% desses produtos, essencialmente peixes, crustáceos e moluscos.

No plano inverso, Portugal e Espanha ocupam primeiro e segundo lugar entre os principais fornecedores a Cabo Verde com 41,1% e 12,1%, respetivamente. Em valor, as exportações portuguesas para Cabo Verde representaram, de janeiro a março, cerca de 7.540 milhões de escudos (68,5 milhões de euros).

O INE aponta que os bens de consumo "continuam sendo a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde", com um peso de 46,5% do total das importações.

O continente europeu continua a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com 77,9% do total, seguido da Ásia/Oceânia (9,8%), América (8,3%), e de África (1,7%).

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