"Temos confiança de que tudo vai decorrer de uma forma pacífica, sem violência, e que se mantenha o espaço de diálogo e de reconciliação que se tem criado com a implementação do acordo [de cessação de hostilidades] em setembro, que são importantes de conservar", assinalou Roberto Vellano, referindo-se ao recente entendimento do Governo moçambicano com a Renamo, principal partido da oposição, que pôs fim a uma crise político-militar de 17 meses.

No início de setembro, em conjunto com outros diplomatas, entre os quais José Augusto Duarte, embaixador de Portugal em Moçambique, Roberto Vellano assistiu à saída de Afonso Dhlakama da serra da Gorongosa (centro), onde o líder da Renamo se manteve refugiado durante vários meses, num ato que possibilitou a formalização do acordo de cessação de hostilidades entre o Governo moçambicano e o principal partido da oposição.