"Hoje em dia, a dívida a credores oficiais e multilaterais representa a maioria de toda a dívida externa em muitos países de baixo rendimento; o aumento no montante total nos 35 países africanos elegíveis para a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DDSI) entre 2009 e 2019 foi sustentado em dívida pública e com garantias estatais, acima de 270 mil milhões de dólares [227,6 mil milhões de euros], dos quais 70% são detidos por credores oficiais", lê-se num relatório do IFI.

De acordo com uma análise às necessidades de financiamento destes países, com o título 'Todos de Olhos Postos nas Necessidades de Financiamento Externo em África', enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, o aumento é também visível na dívida emitida comercialmente, ou seja, empréstimos e emissões de títulos soberanos, que "passou de 15 mil milhões de dólares [12,7 mil milhões de euros] em 2009 para mais de 80 mil milhões de dólares [68,1 mil milhões de euros] em 2019".